Construída na década de 1950 este trecho da ferrovia tem mais de 600 km de extensão. O trem leva cargas e passageiros e é operado por uma empresa norte-americana.
Há quem diga que o apelido Trem da Morte já nasceu com a própria ferrovia onde milhares de trabalhadores teriam morrido durante a construção por causa da malária.
Outra teoria conta que há algumas décadas a Bolívia sofreu uma grande epidemia de febre amarela e o trem foi utilizado para o transporte de mortos e doentes.
E tem também a versão de que nas décadas de 1970/80 a Bolívia passava por uma situação econômica difícil e o trem por ser um transporte popular estava sujeito a todo tipo de brigas, furtos e assaltos. Eventualmente também algum vagão de carga descarrilava durante o percurso. Além disso, muitos bolivianos viajavam em cima dos vagões por não terem dinheiro para comprar a passagem, um ou outro caia durante o trajeto e logicamente morria.
É bem provável que todas essas versões tenham um fundo de verdade e dessa série de acontecimentos contados de boca em boca e aumentadas por aqueles que faziam a viagem através da Bolívia tenha originado o apelido de Trem da Morte.
Nos anos 90 passou a ser conhecido também como "Trem do Pó" porque foi utilizado pelos traficantes que levavam a cocaína produzida na Bolívia até a fronteira com o Brasil e depois para a Europa.
Hoje em dia o nome é mais assustador do que a própria viagem. Mas por ser um trajeto popular a viagem ainda oferece alguns perigos além de ser cansativa e as paisagens ao longo do trajeto não serem nada interessantes. Por isso, é recomendado que você faça essa viagem com um mínimo de conforto e segurança.
Existem várias categorias e preços de assentos a escolher na hora de comprar o seu bilhete. Sugerimos veementemente que você opte em viajar, no mínimo, pela categoria Super Pullman. Apesar de ser um pouco mais cara, ela oferece um pouco de conforto e segurança. Não viaje nas categorias mais simples, pois elas não oferecem segurança e você não conseguirá descansar adequadamente, pois a todo o momento entram vendedores nos vagões do trem oferecendo tudo quanto é tipo de produto.
Você tem que fazer essa viagem se ela é um desejo de longa data. Se você não for, nunca poderá dizer "eu viajei no Trem da Morte". Além de que para nós brasileiros viajar de trem é sempre uma coisa inusitada porque no Brasil temos poucas opções desse tipo de viagem. Portanto não deixe de ir.
Mas tenha em mente que a viagem é cansativa, as paisagens ao longo da ferrovia não são nada interessantes e você deve ficar atento contra furtos. A viagem fica interessante a partir de Sta Cruz.
Algumas agências de viagens de Corumbá também fazem a venda antecipada via internet.
A viagem até Santa Cruz de La Sierra dura no mínimo 17 horas. Em Santa Cruz não há muito que se conhecer, portanto fique por lá apenas o tempo necessário para seguir viagem via Sucre ou La Paz.
A partir de Santa Cruz de La Sierra começa a Cordilheira Oriental que é uma das três cordilheiras que formam o que é chamado de Cordilheira dos Andes, as outras duas são: Cordilheira Ocidental e Cordilheira Central. A paisagem muda radicalmente e na maior parte do trajeto a estrada sobe continuamente. É bem provável que você sinta os efeitos da altitude, conhecido como "soroche", a partir de Sta Cruz. Esteja preparado.
É muito importante você visualizar um mapa e traçar um roteiro básico no papel antes de sair do Brasil. Ver onde estão as cidades e as distâncias entre elas. A viagem ideal é você ir por um caminho e voltar por outro. Mas o roteiro a ser seguido dependerá da quantidade de dias e dinheiro que você dispõe para viajar.
A viagem pelo Trem da Morte é o verdadeiro estilo mochilão de se viajar a Machupicchu. É um roteiro que o viajante deve fazer de forma independente, sem contar com uma agência de viagens. Mas é fundamental que você saia do Brasil já com a trilha inca reservada.
A ferrovia brasileira que vai de Corumbá até Bauru no interior de São Paulo, e que seria em tese a cotinuação desse trajeto, foi reativada, mas por enquanto só está operando para o transporte de cargas. Tem 1300 km e é administrada por uma empresa sul-americana.
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