Verdadeira “muralha” vem surgindo sobre uma parte da América do Sul, isso é divido ao atual ciclo climático: a Oscilação Decadal do Pacífico (ODP), que se encontra em uma fase mais fria, e isso impede o ingresso livre dos sistemas frontais e da umidade da Amazônia para boa parte do Brasil.
Diferente de eventos como El Niño (aquecimento) e La Niña (resfriamento), que respondem a partir da temperatura das águas do Oceano Pacífico e com ciclos menores, entre um e três anos, a ODP possui um ciclo de atuação de em média, entre 20 e 30 anos.
No campo de vista meteorológico, hidrológico ou até mesmo econômico, assim como ocorreu 2014, 2015 parece ser muito mais preocupante. Até o este instante não tem nenhum tipo de indicação que a OPD diminua ou diminuirá a frequência dos sistemas de alta pressão sobre o Oceano Atlântico, e que naturalmente formam os bloqueios atmosféricos sobre o Sudeste do país.
“Foi extremamente rara a intensidade desse sistema de alta pressão em 2014 e também a sua persistência, que durou mais de 40 dias”, explica Marcelo Seluchi, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).
Afetando diretamente o abastecimento de águas nas cidades e no campo, os rios estão com níveis muito preocupantes, isso porque, se agora o atual período chuvoso deve diminuir e uma estiagem deve começar, se a precipitação não acabar, a tendência será piorar.
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