Segundo os pesquisadores, os novos resultados apoiam os modelos geofísicos que predizem uma diferença de temperatura entre o manto sólido e o núcleo, explicando a intensidade do campo magnético da Terra.
O núcleo do nosso planeta é composto principalmente por ferro em temperaturas de mais de 4.000 ºC, e uma pressão de 1,3 milhões de atmosferas. Desse modo, o ferro é líquido e flui como a água nos oceanos. Apenas exatamente no centro da Terra, a pressão e temperatura é ainda maior, e o ferro se solidifica novamente.
Para saber a espessura dos núcleos sólido e líquido e como a pressão aumenta à medida que o centro da Terra se aproxima, os pesquisadores analisam as ondas sísmicas que passam através da Terra.
Contudo, tais ondas não revelam a temperatura do centro da Terra, que tem suma importância no movimento do material do núcleo líquido e sólido. A diferença de temperatura entre o manto e o núcleo é o principal motor dos movimentos térmicos de larga escala, que assim como a rotação da Terra, agem como um dínamo para originar o campo magnético.
Para chegar a tais conclusões, os pesquisadores simularam em laboratório as condições do interior do nosso planeta, submetendo ferro à uma pressão de milhões de atmosferas através de bigorna de diamante. Para aquecer o ferro à 4.000 e 5.000 ºC, os cientistas utilizaram utilizaram potentes raios lasers.
O estudo provou que o fenômeno denominado recristalização acontece na zona externa da amostra de ferro, que foi proposto em 1993 por Reinhard Boehler.
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