As especulações sobre o incidente e a lembrança de casos semelhantes deixaram muita gente curiosa e logo a mídia passou a explorar o assunto em livros, filmes e programas de TV. Publicado em 1974, o livro O Triângulo das Bermudas, do escritor americano Charles Berlitz, vendeu 20 milhões de exemplares levantando hipóteses como a de que naves alienígenas teriam seqüestrado as embarcações desaparecidas no local.
Como o interesse popular crescia, os cientistas começaram a levar o assunto a sério, buscando uma resposta plausível. Uma das teorias que hoje tem certo crédito no meio científico culpa o gás metano, presente no subsolo oceânico do Triângulo, pelos mistérios. "A liberação do metano reduz a capacidade de flutuação de um navio e pode afundá-lo", diz o físico Bruce Denardo, da Escola de Pós-Graduação Naval de Monterey, nos Estados Unidos. Além do risco de naufrágio, o gás também provocaria explosões ao atingir a atmosfera. "Por ser uma forma bruta do gás de cozinha, o metano pode entrar em combustão com a faísca de um motor de barco ou avião", afirma o geólogo Carlos José Archanjo, da Universidade de São Paulo (USP).
Essa teoria, porém, está longe de ser uma unanimidade. Para vários especialistas há muito exagero em torno do assunto. Fenômenos bem mais comuns, como tempestades, explicariam boa parte dos naufrágios e muitos podem ter ocorrido longe da área. Em 1975, no livro The Bermuda Triangle Mystery - Solved ("O Mistério do Triângulo das Bermudas - Solucionado", inédito no Brasil), o ex-piloto americano Larry Kusche mostra o trabalho de meses de investigações sobre vários incidentes e conclui que os aviões desaparecidos em 1945 caíram no mar por causa da simples falta de combustível.
De qualquer forma, as histórias sobre o Triângulo ainda impressionam. A catarinense Heloisa Schurmann, matriarca da família que deu a volta ao mundo em um barco entre 1984 e 1994, navegou pela região com o marido Vilfredo em 1978.
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