domingo, 5 de fevereiro de 2012

Água-viva

 
Os cnidários são animais exclusivamente aquáticos, sendo algumas espécies de água doce e a maioria,marinha. Os cnidários se caracterizam pela presença de células urticantes (os cnidócitos), cuja toxina é utilizada para caça e defesa.

 
Apresentam formas sésseis, denominadas pólipos (como as anêmonas e os corais), e livres-natantes, denominadas medusas (como as águas-vivas). As formas polipoides vivem fixas ao substrato e podem ser solitárias ou coloniais.


As medusas podem ser pequenas (alguns milímetros), mas há também as espécies maiores, podendo atingir 2 m de diâmetro e apresentar tentáculos com mais de 10 m de comprimento. Os pólipos solitários podem ser microscópicos ou chegar a 2 m de diâmetro, quando formam colônias.
A alimentação dos cnidários é feita por meio dos tentáculos, que capturam e encaminham para a boca os animais, principalmente pequenos crustáceos, e o plâncton.
Água-viva Foto: Philipp Baumbach. Licenciada pelo Creative Commons 2.0 Genérica.
Água-viva Foto: Philipp Baumbach. Licenciada pelo Creative Commons 2.0 Genérica.
Os registros fósseis mais antigos do grupo são de formas medusoides e datam do final do Pré-Cambriano (Ediacarano).

 Acidentes com cnidários 

É muito comum banhistas sofrerem queimaduras ocasionadas por águas-vivas. Quem já passou por essa experiência sabe o quanto é desagradável ser atingido por esses animais. No Brasil, as águas-vivas não pertencem às espécies mais “venenosas”, porém seu ataque pode ser extremamente dolorido. Sendo assim, é importante saber como agir durante um ataque. Algumas pessoas podem desenvolver um processo alérgico, que as leva a um choque anafilático e/ou parada cardiorrespiratória.
Em geral as queimaduras não costumam deixar marcas ou lesões, entretanto alguns sintomas são bastante comuns, tais como: náuseas, vômitos, dor de cabeça e tonturas.

 É fundamental que a pessoa ferida pela água-viva não esfregue o local e não utilize nenhum medicamento antes de procurar atendimento médico. A queimadura deve ser apenas lavada com a própria água do mar. De acordo com estudo publicado pelo Medical Journal of Australia, descobriu-se que remover os tentáculos e depois fazer uma compressa com vinagre ou soro fisiológico alivia a dor e impede a liberação de mais veneno no corpo. Isso ocorre porque substâncias ácidas ajudam a inativar a toxina do animal.


Saiba como proceder depois do ataque de águas-vivas:

- Sair da água imediatamente.
- Não coçar o local queimado.
- Não usar pomadas com cortisona ou outros medicamentos para queimadura.
- Em caso de muita dor, tomar um analgésico.
Nos dias seguintes ao ataque, é interessante proteger a pele com filtro solar e creme hidratante, além de evitar expor-se ao Sol para não ficar com manchas no local.
Em nosso próximo post, falaremos sobre águas-vivas comuns na Austrália e no Japão. Até lá!

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