quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Afoxé dos Filhos de Gandhy



Esse é um dos movimentos sociais mais interessantes do Brasil, e que particularmente, merece minha atenção por além da riqueza dos elementos de sua cultura.
Constituído exclusivamente por homens, o bloco de Salvador (BA) é inspirado pelos princípios de amor e paz de Mahatma Gandhi. Além dessa política de conduta indiana e de suas vestimentas que são basicamente uma composição de toalhas e lençóis brancos, os Filhos de Gandhy possui uma tradição religiosa africana ritmada pelo agogô (instrumento musical formado por sinos originado da música yorubá da África Ocidental). Seus cânticos são de ijexá na língua Iorubá.
Com todos esses elementos reunidos, os Filhos de Gandhy se tornou o maior e mais famoso Afoxé da Bahia, ganhando aderência de seus elementos por demais partes do Brasil. Oficialmente o bloco conta com 10.000 integrantes.


A vestimenta e os colares dos Filhos de Gandhy
O título a que se dão as vestes dos Filhos de Gandhy é fantasia. Além dos panos brancos o trage é composto por um turbante e os que participam desse movimento trazem consigo um perfume de alfazema e colares longos de contas azuis e brancas.
Esses colares já são a marca do registro do movimento, sendo reconhecidos como "os colares dos Filhos de Gandhy" compondo um ritual social do bloco. Os colares têm um significado além daquele de simplesmente compor um figurino ou vestir uma fantasia; tradicionalmente os colares são oferecidos aos admiradores simbolizando uma maneira dos Filhos de Gandhy desejarem paz durante o carnaval e o restante do ano.
As cores dos colares é o que se pode chamar de um referencial religioso da paz e do afoxé que enfocam Oxalá - o Orixá maior - que está associado à criação do mundo e da espécie humana, sendo esse considerado e cultuado como o maior e mais respeitado Orixás do panteão africano. As cores dos colares é então uma referência aos modos de apresentação do Oxalá. Isso porque esse Oxirá de apresenta de duas maneiras no Candomblé: o chamado "Moço" (Oxaguiam) que é branco mesclado de azul, e o "Velho" (Oxalufam) de cor branca.
Assim, o branco e o azul intercalados é o fio de contas do Oxalá menino, o Oxaguiam, que correspondem: o branco a Oxalufam, seu pai. O azul provém de Ogum de quem é inseparável; as contas se tornam assim amuletos da sorte. Ogum, na mitologia yoruba, é o senhor dos metais e considerado o primeiro Orixá a descer do Orun (Céu) para Aiye (Terra) após a criação; visando uma futura vida humana.


Cada Filho de Gandhy usa o colar de acordo com a indumentária, da maneira que se achar elegante, não existe quantidade fixa de contas para cada colar, nem quantos colares se deve usar. Durante o carnaval, os Filhos de Gandhy mais jovens costumam trocar colares por beijos na boca, enlaçando as moças durante a festa com seus colares: "Um beijo por um colar" esse é o sentido do ritual entre os jovens Filhos de Gandhy.


Considerações Finais
O bloco possui algumas regras; como é composto apenas por homens, foi determinado que as mulheres pudessem participar assistindo aos desfiles e na confecção das indumentárias e roupas dos filhos de Gandhy, além de levar comida e bebidas aos participantes do desfile durante o cortejo. Bebidas alcoolicas também são proibidas por ser contra os ideais de paz que inspiraram a criação da doutrina do bloco dos Filhos de Gandhy.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

EL NIÑO e LA NIÑA



O QUE É O FENÔMENO EL NIÑO?
EL-NIÑO: Conceitualmente constitui-se do aquecimento anômalo das águas superficiais do setor centro-leste do Oceano Pacífico, predominantemente na sua faixa equatorial. O “El Niño” é um fenômeno oceânico-atmosférico que afeta o clima regional e global, mudando a circulação geral da atmosfera, também é um dos responsáveis por anos considerados secos ou muito secos. O El Niño também é caracterizado por variações na atmosfera sobre a região de águas aquecidas. O fenômeno El Niño ocorre em intervalos médios de 4 anos e persiste de 6 a 15 meses.
EFEITOS DO “EL NIÑO” SOBRE O BRASIL
Os efeitos do “El Niño” no Brasil podem causar prejuízos e benefícios. Mas, os danos causados são superiores aos benefícios, por isso, o fenômeno é temido, principalmente, pelos agricultores. Em cada episódio do “El Niño” é observado na região sul um grande aumento no volume de chuvas, principalmente, nos meses de primavera, fim do outono e começo de inverno. Pode-se observar acréscimo de até 150% na precipitação em relação ao seu índice médio. Isto pode acarretar nos meses em que acontece a colheita prejuízos aos agricultores, principalmente, nos setores de produção grãos. As temperaturas também mudam nas regiões Sul e Sudeste, onde é observado inverno mais ameno na região Sul e no Sudeste as temperaturas ficam mais altas em relação ao seu valor normal. Este aumento de temperatura no inverno pode trazer benefícios aos agricultores das regiões Sul e Sudeste, pois diminui significativamente a incidência de geadas. No setor leste da Amazônia e na região Nordeste ocorre uma diminuição nas chuvas. Algumas áreas do Sertão (semi-árido) nordestino, essa diminuição pode alcançar até 80% do total médio do período chuvoso (que na maior parte da Região ocorre de fevereiro a maio). Ressalta-se que, a seca não se limita apenas ao Sertão, ela também pode atingir o setor leste do Nordeste (Agreste, Zona da Mata e Litoral), caso aconteça conjuntamente com o Dipolo do Atlântico Sul negativo (Dipolo Negativo ou desfavorável, isto é, quando o Atlântico Sul se encontra com águas mais frias que a média histórica e águas mais quentes no Atlântico Norte). No Nordeste brasileiro, os prejuízos observados em anos de “El Niño” envolvem setores da economia (perdas na agricultura de sequeiro, na pecuária, etc.), oferta de energia elétrica, bem como, comprometimento do abastecimento de água para a sociedade e os animais. chuvoso (que na maior parte da Região ocorre de fevereiro a maio). Ressalta-se que, a seca não se limita apenas ao Sertão, ela também pode atingir o setor leste do Nordeste (Agreste, Zona da Mata e Litoral), caso aconteça conjuntamente com o Dipolo do Atlântico Sul negativo (Dipolo Negativo ou desfavorável, isto é, quando o Atlântico Sul se encontra com águas mais frias que a média histórica e águas mais quentes no Atlântico Norte). No Nordeste brasileiro, os prejuízos observados em anos de “El Niño” envolvem setores da economia (perdas na agricultura de sequeiro, na pecuária, etc.), oferta de energia elétrica, bem como, comprometimento do abastecimento de água para a sociedade e os animais.
Figura 01
Figura 01 - Mostra a distribuição das condições climáticas em anos de El Niño para os meses de junho, julho e agosto
Figura 02
Figura 02 - Mostra a distribuição das condições climáticas em anos de El Niño para os meses de dezembro, janeiro e fevereiro.
ANOS DE OCORRÊNCIA DO “EL NIÑO”
ANOS
INTENSIDADE
ANOS
INTENSIDADE
ANOS
INTENSIDADE
1882
Fraco
1883
Fraco
1884
Fraco
1885
Fraco
1888
Moderado
1891
Fraco
1896
Moderado
1897
Fraco
1900
Fraco
1905
Forte
1911
Fraco
1912
Moderado
1913
Fraco
1919
Moderado
1923
Fraco
1926
Forte
1940
Forte
1941
Forte
1944
Fraco
1946
Fraco
1948
Fraco
1951
Fraco
1952
Fraco
1953
Fraco
1957
Fraco
1958
Fraco
1963
Fraco
1965
Moderado
1966
Fraco
1969
Fraco
1972
Moderado
1977
Moderado
1978
Fraco
1980
Fraco
1982
Forte
1983
Moderado
1986
Fraco
1987
Forte
1990
Fraco
1991
Moderado
1992
Moderado
1993
Moderado
1994
Moderado
1995
***
1996
***
MUDANÇA NO COMPORTAMENTO DOS VENTOS SOBRE O OCEANO PACÍFICO TROPICAL
As figuras 03 e 04 mostram o comportamento dos ventos sobre o Pacífico tropical em anos considerados normais (figura superior) e em anos de “El Niño” (figura inferior). Em anos de “El Niño”, os ventos alísios ficam enfraquecidos havendo acúmulo de águas mais quentes no setor centro-leste do Pacífico gerando aumento dos movimentos ascendentes do ar e, conseqüentemente, maior formação de nuvens e chuvas sobre a Região.
Figura 03 - A circulação observada no oceano Pacífico equatorial em anos normais. A célula de circulação com movimentos ascendentes no Pacífico central/ocidental e movimentos descendentes no oeste da América do Sul e com ventos de leste para oeste próximo à superfície (ventos alísios, setas brancas) e de oeste para leste em altos níveis da troposfera é a chamada célula de Walker. No oceano Pacífico, pode-se ver a região com águas mais quentes representadas pelas cores avermelhadas e mais frias pelas cores azuladas. Pode-se ver também a inclinação da termoclima, mais rasa junto à costa oeste da América do Sul e mais profunda no Pacífico ocidental. Figura gentilmente cedida pelo Dr. Michael McPhaden do Pacific Marine Environmental Laboratory (PMEL)/NOAA, Seattle, Washington, EUA. 
Figura 04 - Padrão de circulação observada em anos de “El Niño” na região equatorial do oceano Pacífico. Nota-se que os ventos em superfície, em alguns casos, chegam até a mudar de sentido, ou seja, ficam de oeste para leste. Há um deslocamento da região com maior formação de nuvens e a célula de Walker fica bipartida. No oceano Pacífico equatorial podem ser observadas águas quentes em, praticamente, toda a sua extensão. A termoclina fica mais aprofundada junto à costa oeste da América do Sul, principalmente, devido ao enfraquecimento dos ventos alísios. Figura gentilmente cedida pelo Dr. Michael McPhaden do Pacific Marine Environmental Laboratory (PMEL)/NOAA, Seattle, Washington, EUA.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS OCEÂNICAS E ATMOSFÉRICAS
ASSOCIADAS AO FENÔMENO “EL NINO”:
• Sobre o Pacífico leste, onde há normalmente águas frias, aparecem águas mais quentes do que o normal;
• Os ventos alísios diminuem sensivelmente sua intensidade;
• A pressão no setor leste do oceano Pacífico fica abaixo do normal, enquanto que na parte oeste fica com valores acima do normal;
• A presença de águas quentes e convergência de umidade do ar favorecem a formação de nuvens convectivas profundas sobre o setor centro-leste do Pacífico;
• A célula de Walker (circulação atmosférica sentido oeste-leste) modifica-se totalmente ocasionando ar descendente sobre a Amazônia e Nordeste do Brasil (figura 05);
• Sobre o Atlântico equatorial, incluindo o leste da Amazônia e Semi-Árido Nordestino nota-se predominância de um ramo de ar descendente inibindo a formação de nuvens. 
Figura 05 – Comportamento da circulação atmosférica (célula de Waker) em anos de “El Niño”.
SITUAÇÃO ATUAL DO EL NIÑO
Figura 06 - Anomalia da Temperatura da Superfície do Mar (0C).
Figura 07 – Previsão para temperatura da superfície do mar do NCEP.
LA NIÑA
O QUE É O FENÔMENO LA NIÑA?
O fenômeno La Niña, que é oposto ao El Niño, corresponde ao resfriamento anômalo das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial Central e Oriental formando uma “piscina de águas frias” nesse oceano. À semelhança do El Niño, porém apresentando uma maior variabilidade do que este, se trata de um fenômeno natural que produz fortes mudanças na dinâmica geral da atmosfera, alterando o comportamento climático. Nele, os ventos alísios mostram-se mais intensos que o habitual (média climatológica) e as águas mais frias, que caracterizam o fenômeno, estendem-se numa faixa de largura de cerca de 10 graus de latitude ao longo do equador desde a costa peruana até aproximadamente 180 graus de longitude no Pacífico Central. Observa-se, ainda, uma intensificação da pressão atmosférica no Pacífico Central e Oriental em relação à pressão no Pacífico Ocidental.
Em geral, um episódio La Niña começa a desenvolver-se em um certo ano, atinge sua intensidade máxima no final daquele ano, vindo a dissipar-se em meados do ano seguinte. Ele pode, no entanto, durar até dois anos. 
Os episódios La Niña algumas vezes, favorecem a chegada de frentes frias até à Região Nordeste do Brasil (NEB), principalmente no litoral da Bahia, Sergipe e Alagoas.

EFEITOS DA “LA NIÑA” SOBRE O BRASIL
No Brasil este fenômeno causa menos danos que o El Niño, porém alguns prejuízos são registrados em cada episódio. Como conseqüência da La Niña, as frentes frias que atingem o centro-sul do Brasil têm sua passagem mais rápida que o normal e com mais força. Como as frentes têm mais força a passagem pela região sul e sudeste ocorre de forma mais rápida que o normal, conseqüentemente ocorre uma redução nos índices pluviométricos e a frente alcança o Nordeste do Brasil mais facilmente. Sendo assim a região nordeste, principalmente o sertão e o litoral baiano e alagoano, são afetados por um aumento de chuvas o que pode ser bom para a região semi-árida, mas causa grandes prejuízos a agricultura. O norte e leste da Amazônia também sofrem um grande aumento no índice pluviométrico.


A precipitação no Nordeste, com La Niña, tende a ser mais abundante no centro-sul do Maranhão e do Piauí nos meses de novembro a janeiro. Os episódios La Niña podem vir a favorecer a ocorrência de chuvas acima da média sobre o semi-árido do Nordeste se também é formado um Dipolo Térmico do Atlântico favorável, ou seja, com temperatura da superfície do mar acima da média no Atlântico Tropical Sul e abaixo da média no Atlântico Tropical Norte. Em geral, a circulação atmosférica tende a apresentar características de anos normais na presença de La Niña, mas a distribuição de chuva, de fevereiro a maio, no semi-árido do Nordeste pode se caracterizar por uma elevada irregularidade espacial e temporal mesmo em anos de La Niña. 
Durante os episódios de La Niña, os ventos alísios são mais intensos que a média climatológica. O Índice de Oscilação Sul (o indicador atmosférico que mede a diferença de pressão atmosférica à superfície, entre o Pacífico Ocidental e o Pacífico Oriental) apresenta valores positivos, os quais indicam a intensificação da pressão no Pacífico Central e Oriental, em relação à pressão no Pacífico Ocidental. 
Na região centro-sul há estiagem com grande queda no índice pluviométrico, principalmente nos meses de setembro a fevereiro e no outono as massas de ar polar chegam com mais força. Como conseqüência o inverno tende a chegar antes e já no outono grandes quedas de temperatura são registradas, principalmente na região sul e em São Paulo. 


De acordo com as avaliações das características de tempo e clima, de eventos de La Niña ocorridos no passado, observa-se que o La Niña mostra maior variabilidade, enquanto os eventos de El Niño apresentam um padrão mais consistente. Os principais efeitos de episódios do La Niña observados sobre o Brasil são:

• passagens rápidas de frentes frias sobre a Região Sul, com tendência de diminuição da precipitação nos meses de setembro a fevereiro, principalmente no Rio Grande do Sul, além do centro-nordeste da Argentina e Uruguai;
• temperaturas próximas da média climatológica ou ligeiramente abaixo da média sobre a Região Sudeste, durante o inverno; 
• maior chegada das frentes frias até a Região Nordeste, principalmente no litoral da Bahia, Sergipe e Alagoas; 
• tendência às chuvas abundantes no norte e leste da Amazônia; 
• possibilidade de chuvas acima da média sobre a região semi-árida do Nordeste do Brasil. Essas chuvas só ocorrem, se simultaneamente ao La Niña, as condições atmosféricas e oceânicas sobre o Oceano Atlântico mostrarem-se favoráveis, isto é, com TSM acima da média no Atlântico Tropical Sul e abaixo da média no Atlântico Tropical Norte.


Outro ponto interessante é que os valores das anomalias de temperatura da superfície do mar (TSM) em anos de La Niña têm desvios menores que em anos de El Niño, ou seja, enquanto observam-se anomalias de até 4, 5ºC acima da média em alguns anos de El Niño, em anos de La Niña as maiores anomalias observadas não chegam a 4ºC abaixo da média.
ANOS DE OCORRÊNCIA DA “LA NIÑA”
LA NIÑA
ANO
INTENSIDADE
1886
Forte
1903 - 1904
Forte
1906 - 1908
Forte
1909 - 1910
Forte
1916 - 1918
Forte
1924 - 1925
Moderado
1928 - 1929
Forte
1938 - 1939
Forte
1949 - 1951
Forte
1954 - 1956
Forte
1964 - 1965
Moderado
1970 - 1971
Moderado
1973 - 1976
Forte
1984 - 1985
Forte
1988 - 1989
Forte
1995 - 1996
Forte
1998 - 2001
Foi durante o verão do hemisfério sul em 1998 -99, 1999-00 moderado durante 2000 -01
MUDANÇA NO COMPORTAMENTO DOS VENTOS SOBRE O OCEANO PACÍFICO TROPICAL
As figuras 01 e 02 mostram o comportamento dos ventos sobre o Pacífico tropical em anos considerados normais (figura superior) e em anos de “La Niña” (figura inferior).
Figura 01 - A circulação observada no oceano Pacífico equatorial em anos normais. A célula de circulação com movimentos ascendentes no Pacífico central/ocidental e movimentos descendentes no oeste da América do Sul e com ventos de leste para oeste próximo à superfície (ventos alísios, setas brancas) e de oeste para leste em altos níveis da troposfera é a chamada célula de Walker. No oceano Pacífico, pode-se ver a região com águas mais quentes representadas pelas cores avermelhadas e mais frias pelas cores azuladas. Pode-se ver também a inclinação da termoclima, mais rasa junto à costa oeste da América do Sul e mais profunda no Pacífico ocidental. Figura gentilmente cedida pelo Dr. Michael McPhaden do Pacific Marine Environmental Laboratory (PMEL)/NOAA, Seattle, Washington, EUA.
Figura 02 - Padrão de circulação observada em anos de “La Niña” na região equatorial do oceano Pacífico. Com os ventos alísios mais intensos, mais águas irão ficar "represadas" no Pacífico Equatorial Oeste e o desnível entre o Pacífico Ocidental e Oriental irá aumentar. Com os ventos mais intensos a ressurgência (que faz com que as águas das camadas inferiores do Oceano, junto à costa oeste da América do Sul aflorem, trazendo nutrientes e que por isso, é uma das regiões mais piscosas do mundo) também irá aumentar no Pacífico Equatorial Oriental, e, portanto virão mais nutrientes das profundezas para a superfície do Oceano, aumentando então, a chamada ressurgência no lado Leste do Pacífico Equatorial. Por outro lado, devido a maior intensidade dos ventos alísios as águas mais quentes irão ficar represadas mais a oeste do que o normal e portanto novamente teríamos aquela velha história: águas mais quentes geram evaporação e conseqüentemente movimentos ascendentes, que por sua vez geram nuvens de chuva e que geram a célula de Walker, que em anos de La Niña fica mais alongada que o normal. A região com grande quantidade de chuvas é do nordeste do Oceano Índico à oeste do Oceano Pacífico passando pela Indonésia, e a região com movimentos descendentes da célula de Walker é no Pacífico Equatorial Central e Oriental. É importante ressaltar que tais movimentos descendentes da célula de Walker no Pacífico Equatorial Oriental ficam mais intensos que o normal o que inibe, e muito, a formação de nuvens de chuva.
Evolução Trimestral da Anomalia de Temperatura da Superfície do Mar.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

“Pequeno Tsunami” destrói barcos, barracas e interdita porto de Noronha



O Porto de Santo Antônio, no Arquipélago de Fernando de Noronha, foi interditado ontem depois de ondas de 5 metros terem afundado, na noite de anteontem, cinco barcos que estavam ancorados no local, longe da costa. A praia do porto amanheceu com alguns pedaços das embarcações que naufragaram.
As fortes ondas, provocadas por um fenômeno chamado swell, também inundaram bares e barracas da praia, destruindo utensílios, como geladeiras.
Os danos foram unicamente materiais e ninguém ficou ferido, de acordo com o administrador-geral da ilha, Romeu Neves Baptista. “As ondas atingiram mais de 5 metros, chegando a cobrir o molhe”, relatou.

Comparado a “um pequeno tsunami” pelo engenheiro de pesca Leo Veras, que testemunhou o episódio, o swell é uma incidência característica da região, ocorrendo no período de novembro a março. Nem sempre surge com rigor. “Nos últimos três anos, sua incidência foi fraca”, afirmou o major Sidnei Cavalcanti, do Corpo de Bombeiros.Resultado da propagação da energia de uma grande tempestade oceânica em forma de ondas, este swell se originou de uma tempestade iniciada na Costa Leste dos Estados Unidos que se propagou para o Atlântico Sul.
Transferência. Além das cinco embarcações afundadas – a perda foi total -, outras três se soltaram com o agito do mar e foram recuperadas. Outros dez barcos que estavam fora do mar, na faixa de areia, para conserto e manutenção, foram transferidos para a Praia do Sueste, do lado oposto da ilha – região não atingida pelas fortes ondas. A Praia do Sueste integra a área de preservação ambiental do Arquipélago de Fernando de Noronha e não pode receber embarcações.
Baptista destacou a importância da reforma realizada há um ano e meio – reforço e ampliação do molhe do Porto de Santo Antônio – para enfrentamento do fenômeno. “A intensidade deste swell foi a maior registrada nos últimos dois anos, mas a obra resistiu bem”, disse.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Menores Países do Mundo


     
Principados, regiões autônomas, repúblicas independentes, pequenos países ou áreas antes anexadas à uma outra nação , via de regra, costumam estar no conjunto dos menores países do mundo. São países menores do que o estado do Sergipe (situado no nordeste brasileiro), mas são autônomos por possuírem uma estrutura política, cultural, religiosa e social representativa e diferenciada das regiões vizinhas.
Se somarmos os quinze menores países do mundo, juntos teriam menos que 520 km ², menor do que a Cingapura, país da Ásia que possui 637 mil km ² de extensão.  Leia a seguir, lista com os dezesseis menores países do mundo:








1º Vaticano - 0,5 km². O menor Estado do mundo, o Vaticano possui uma população de 770 pessoas. O centro administrativo desse estado é a basílica de São Pedro, é o centro religioso-espiritual e institucional da Igreja Católica.


2º Mônaco – 2 km². O pequeno Estado de Mônaco se localiza na Riviera francesa, na costa mediterrânea da França, próximo a Nice. Uma população de 30.000 pessoas, possui uma monarquia constitucional própria.




3º Nauru  – 22 km². Ilha situada no Oceano Pacífico, possui cerca de 10.000 habitantes, tornou-se independente em 1968.









4º Tuvalu – 23 km². Tuvalu é um arquipélago composto por 9 atóis de corais ao longo de uma cadeia de 576 km na Polinésia. Tornou-se independente em 1978










5º San Marino – 62 km². Localizado no Monte Titano, no centro-norte da Itália, San Marino possui cerca de 25.000 habitantes. Assim como Mônaco, é mundialmente conhecido por ter feito parte do calendário da Fórmula 1.

6º Liechtenstein  – Possui 161 km². É um microestado com 29.000 pessoas, e está localizado no rio Reno, entre a Suíça e a Áustria, nos Alpes.








7º Marshall (Ilhas) – Possui 181 km². Os atóis, recifes e 34 ilhas possuem uma população de 52.000 pessoas, tornou-se independente em 1986.







8º São Cristóvão e Névis – Possui 269 km². Situado no Caribe, possui 41.000 habitantes, tornou-se independente em 1983.

9º Seychelles (Ilhas) – Possui 277 km². Os 69.000 habitantes deste arquipélago do Oceano Índico obtiveram independência dos britânicos em 1976.







10º Maldivas (Ilhas) – 298 km². Duzentas das 2000 ilhas que compõem esse país do Oceano Índico são ocupadas por 181.000 habitantes.







11º Malta – 316 km². É uma ilha próxima ao sul da Sicília, na Itália. Tornou-se independente do Reino Unido em 1964, mas o exército britânico só abandonou completamente o local após 1979.

12º Grenada – 344 km². País do Caribe, se tornou independente do Reino Unido em 1974.

13º São Vicente e Granadinas – 388 km². Composto por ilhas do Caribe que receberam a independência do Reino Unido em 1979.

14º Barbados – 430 km². Ilha do Caribe, a mais distante das Antilhas Menores. Barbados obteve independência do Reino Unido em 1966.







15º Antígua e Barbuda – Possui 443 km². É um país caribenho e se tornou independente do Reino Unido em 1981.










16° Andorra – 466 km². É um Principado de Andorra, uma nação  independente co-governado pelo presidente da França e o bispo de Urgel, na Espanha,se tornou independente em 1278.


Em nível econômico, o menor país do mundo, posto à venda  em 2007, é uma base naval construída pelo Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial, referida como Sealand. Toda a comunidade do mundo não reconhece as razões para que uma base naval seja considerada um país, sendo o caso interpretado como uma piada ou ficção.

Geografia e o surto de COVID-19

A geografia está desempenhando um papel importante na luta contra o vírus SARS-CoV-2, o qual causa a enfermidade COVID-19 p...