Existem muitos autores que são contrários ao afeto dentro da sala de
aula, mas esquecem que estamos vivendo hoje uma realidade muito difícil
para as crianças.
Antes o papel do professor resumia-se a transmissão do conhecimento é
verdade, mas isso acontecia porque as crianças viviam em lares
estruturados, mesmo que sem o amor que deveriam receber sabiam que
aquele ambiente era um lugar seguro para eles. No entanto, o que
acontece hoje? As crianças perderam o referencial que tinham antes (Pai e
Mãe), a estrutura familiar foi modificada, não havendo mas um lar, mas
um lugar onde podem ficar. Muitas vezes os pais nem vêem os filhos
apesar de dividirem o mesmo teto.
O afeto, o carinho, o diálogo está
ausente neste relacionamento entre pais e filhos. Raros são hoje, os
pais que conseguem apesar de toda correria de suas vidas dedicarem um
tempo de amor e atenção para com seus filhos. Estes pais merecem os
Parabéns por ainda conseguirem desempenhar bem o seu papel.
Mas sabemos que esta não é a realidade da grande maioria das crianças
e adolescentes de hoje que começam a fazer parte do mundo sem terem a
base inicial que deveriam ter adquirido em casa, com seus genitores.
Refiro-me à base moral, de respeito aos limites para que não saiam
por aí caindo nas ciladas da vida e atropelando aos que entram em seu
caminho. É duro pensar nessa situação, mas esta é a realidade que
vivemos no momento. Pais que não conseguem fazer seu papel compram seus
filhos com o que a mídia determina ser bom. Tornam os filhos consumistas
sem limite de tudo sem avaliarem o que estão disponibilizando para
eles.
Basta observar os desenhos infantis de hoje, os heróis que as
crianças admiram e vivem consumindo produtos que tem esses personagens.
Os pais não percebem que nas pequenas atitudes estão contribuindo para
formação da personalidade de seus filhos e não são produtos que
substituirão o carinho e a atenção que a criança precisa. Nós
educadores, nunca substituiremos os pais e nem devemos assumir o papel
deles. Mas cabe a nós contribuímos de maneira adequada, com a parcela
que nos cabe, na formação da personalidade desta criança, lembrando
sempre que eles aprendem pelo exemplo e não pelo que falam para fazerem.
Dessa forma, agindo com atenção e carinho, começarão a observar mais as
nossas atitudes e quem sabe procurarão seguir um caminho mais digno e
certo em suas vidas.
Professora graduada em Pedagogia, pós graduada em Gestão escolar e cursando psicopedagogia.
Trabalhou como pedagoga e atualmente trabalho como professora da rede municipal de ensino em Petrolina-Pe.
Trabalhou como pedagoga e atualmente trabalho como professora da rede municipal de ensino em Petrolina-Pe.
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